É uma área da medicina que auxilia os homens, mulheres e casais, que, por algum motivo, têm dificuldades para conceber um filho de forma natural.  Dependendo da causa da infertilidade, a reprodução assistida disponibiliza diversas opções de tratamento – desde técnicas mais simples (coito programado – inseminação artificial)até as de alta complexidade (FIV -ICSI- PGT).

Sim. Existem duas opções de tratamento: cirurgia para reversão de laqueadura tubária ou Fertilização In Vitro.   É necessário fazer uma avaliação do casal para poder indicar  o tratamento mais adequado.

Sim, as gestações obtidas por tratamentos apresentam uma maior chance de gêmeos. Isto porque todas as formas de tratamento envolvem estimulação dos ovários e utilização de mais de um óvulo, aumentando portanto a probabilidade de ser fecundado mais de um destes óvulos  e  resultando   em gemelares.

Os principais fatores que predispõe à gestação gemelar são: história de gêmeos na família, idade da mulher e número de embriões transferidos ao útero na FIV.

Como objetivo dos tratamentos é obter-se um bebê saudável , existe uma normativa  quanto ao número de embriões que podem ser transferidos ao útero  de acordo com a idade da paciente, justamente para evitar gestações de múltiplos.

Assim, na FIV ,  em torno de  85% das gestações obtidas em são únicas,  10% a 15 % são de gêmeos, e atualmente menos  de 1% serão de trigêmeos.

Sim partir dos 30 anos, a fertilidade começa a declinar lentamente e se acelera após os 35 anos.

Com o avanço dela, ocorre uma diminuição tanto da quantidade quanto da qualidade dos óvulos, sendo que após os 45 anos , as possibilidades reprodutivas diminuem tanto que muitas mulheres não conseguem engravidar naturalmente.

Em geral, mulheres saudáveis tem uma gestação sem maiores complicações mas existe um aumento da incidência de perda gestacional, hipertensão arterial, pré-eclâmpsia e diabete gestacional. Também pode haver maior dificuldade de engravidar e com o aumento da idade aumenta também o risco de nascimento de bebês com síndromes cromossômicas.

Como a idade da mulher é o fator mais importante na eficácia do tratamento, é indicado que o procedimento seja realizado até os 43 anos.  Observa-se que a partir dessa idade a viabilidade do embrião é reduzida significativamente. Raras pacientes com idade superior a 44 anos, mesmo sabendo das chances reduzidas de gestar com óvulos próprios, desejam  ainda assim fazer uma tentativa.  O mais indicado nesses casos é a utilização de óvulos doados.

A maioria dos abortos ocorre por erro cromossômico, ou seja, quando, no momento da fertilização, um embrião recebe o número errado de cromossomos. Esse problema genético ocorre por acaso, uma vez que não há nenhuma condição na genética dos pais que seja causadora deste erro. Outras vezes um dos parceiros pode abrigar alguma anormalidade genética transmissível. A ocorrência destes erros genéticos e consequentemente da ocorrência de abortos espontâneos vai aumentando de acordo com a idade da mulher.  Acima dos 40 anos, a chance de uma gestação se interromper naturalmente  é entre 35-40%.

Outros fatores associados ao aborto recorrente que devem ser investigados: malformações uterinas, como septo, síndrome antifosfolipídica como doença autoimune e algumas trombofilias hereditárias.

As falhas de implantação podem estar associadas a  anormalidades  nos embriões  ou na receptividade do  útero. Também alterações hormonais e/ ou metabólicas, endometrite, aspectos imunológicos bem como trombofilias e fatores genéticos.

Falhas recorrentes  de implantação  ocorrem em aproximadamente 5% das mulheres em tratamento de reprodução assistida. Considera-se que uma paciente apresente falha recorrente  de implantação   quando  não engravida, apesar de haver  transferido mais de dois embriões euplóides e/ ou no mínimo duas transferências de  embriões de boa qualidade.

A falha de implantação é constatada por um teste de gravidez negativo. As gestações bioquímicas ( teste de gravidez positivo, mas o saco gestacional não é visto dentro do útero porque a gravidez é interrompida) também podem ser consideradas uma falha no processo de implantação.

Os bebês gerados por FIV tem a mesma possibilidade de se desenvolver normalmente e apresentam  saúde semelhante aos dos bebês concebidos naturalmente.

A diferença entre a FIV e a concepção natural ocorre apenas no momento da fecundação até a implantação, O restante da gestação ocorre de forma natural no útero da mulher.

Apesar de possuir alguns sintomas como cólica intensa, a maioria dos casos de endometriose são silenciosos, tendo a infertilidade como única consequência.

A FIV permite contornar alguns dos obstáculos que a endometriose impõe, como a distorção da anatomia pélvica e a inflamação crônica, que podem dificultar a fertilização natural.

Pode ser indicação de FIV em situações como: endometriose profunda causando aderências e deformidade nas trompas,  idade materna acima de 35 anos ,  baixa reserva ovariana, falhas em tratamentos clínicos  e longo  tempo de infertilidade.

A FIV proporciona um melhor  ambiente para a fertilização ocorrer favorecendo o desenvolvimento inicial do embrião e com isso  aumenta  também as chances de sucesso para essas pacientes.